22 de Mayo de 2014 | Brasilia, Brasil

Parlasur debatirá cuestiones relativas a las Islas Malvinas


Brasília (DF) - O Parlamento do Mercosul (Parlasul) deverá realizar uma sessão especial em Ushuaia, no sul da Argentina, para debater a situação das ilhas Malvinas. A proposta foi prontamente aceita por parlamentares argentinos que participaram, nesta quinta-feira (22), de encontro com senadores brasileiros na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Em sua última sessão, em Montevidéu, o Parlasul já havia decidido promover o debate sobre o pleito argentino de recuperar a soberania sobre as Malvinas, até hoje ocupadas pela Inglaterra. Segundo haviam concordado os integrantes do órgão legislativo do Mercosul, a sessão ocorreria em Buenos Aires, ainda sem data marcada. Cristovam, no entanto, opinou que seria melhor promover o encontro em uma cidade mais próxima das ilhas.

Durante a reunião, presidida pelo senador Roberto Requião (PR), o embaixador Daniel Filmus, secretário de Assuntos Relativos às Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul, do Ministério da Relações Exteriores da Argentina, agradeceu o “apoio incondicional” do Brasil na luta de seu país por reconquistar a soberania sobre as ilhas. Ele criticou a manutenção do domínio britânico sobre terras tão distantes do Reino Unido.

- É difícil pensar que em 2014, em pleno século 21, ainda haja uma parte da América do Sul que depende de uma potência colonial, a 14 mil quilômetros de distância. A América do Sul não vai ser totalmente independente até que as Malvinas voltem a ser da Argentina – afirmou Filmus.

Segundo o embaixador, está nas Malvinas a base militar mais importante do Atlântico Sul. A seu ver, a presença militar britânica está ligada à defesa de interesses econômicos na região, rica em recursos naturais, como pescado e petróleo. Ele ressaltou ainda que a região das ilhas é estratégica para o corredor bioceânico entre o Atlântico e o Pacífico. E observou que seu governo pede apenas que se cumpram resoluções da Assembleia-Geral das Nações Unidas, que determinam a retomada do diálogo sobre o tema entre Londres e Buenos Aires.

Requião lembrou que pesquisas de opinião pública feitas na Inglaterra foram favoráveis à descolonização das Malvinas, ao contrário de pesquisas feitas junto aos ilhéus, que indicam preferência pela manutenção do domínio britânico sobre as ilhas.